domingo, 5 de outubro de 2008

O poeta exagerado.


Descobri o Cazuza aos 11 anos de idade, desde esse momento não parei de procurar testemunhos sobre ele ou ouvir suas músicas.
Sob o céu carioca, nasceu a 7 de julho de 1958 um garoto que se tornaria o porta-voz da juventude brasileira na década de 80 (e da Renata no século XXI).
O considerado (por mim e mais alguns milhares) gênio brasileiro do rock e da MPB só revelou sua rebeldia na adolescência, quando conheceu a vida boêmia carioca e o trinômio "sexo, drogas e rock'n'roll".
O Brasil acabara de sair do ciclo ditatorial quando a figura de Cazuza surgiu no cenário musical. À frente de uma banda de rock, Cazuza gritava suas canções que afrontavam a moral da época com sua linguagem jovem e repletas de palavras de baixo calão.
Durante a sua carreira solo, Cazuza gravou 6 cds repletos de sucessos que são tocados até hoje, e que são os mais ouvidos por mim.
Suas músicas vão desde as que contêm pesadas críticas, como Brasil (
Brasil, mostra a tua cara), àquelas mais românticas, feitas para aqueles que estão morrendo com dor-de-cotovelo, como codinome beija-flor (que coincidência é o amor/ a nossa música nunca mais tocou).
O poeta exagerado, como ficou conhecido depois de compor um de seus maiores sucessos ("exagerado"), foi, e é, motivo de polêmica até os dias atuais, 18 anos após a sua morte, pela vida que levava, mas o que todos devemos levar em consideração é que Cazuza nos deixou um acervo musical extremamente rico e que agrada a todos os públicos. Então deixem-no descansar em paz, pessoal!
Ave, mestre exagerado!


"Espero que, no futuro, não se esqueçam do poeta que sou. Que as pessoas não se esqueçam de que, mesmo num mundo eletrônico, o amor existe. Existem o romance e a poesia. Que mais crianças venham a nascer e é fundamental o amor aos pais."

"Dei uma entrevista para uma revista masculina falando de drogas e bissexualismo. Depois, todas as pessoas vinham me entrevistar, queriam saber mais a respeito. Só que cansei de falar sobre isso. O meu trabalho é mais interessante do que a minha vida sexual."

"A fita azul que estou usando no tornozelo é a cor do meu santo também. Coloquei quando fui a Salvador. Meus três pedidos são: saúde, amor e paz. Sei que só são atendidos depois que ela arrebenta. Ela está aí. Nunca arrebenta."

Cazuza.

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