Ele não dormia, só não queria atrapalhar seu pensamento, ele sabia que ela precisava ficar só. Ela sempre pareceu se incomodar com suas atitudes, já estava na hora de parar. Mas mil palavras invadiam seu interior e pareciam querer fugir. Ele tinha discursos enormes feitos para ela, mas as malditas palavras parecem se esconder assim que ele resolve libertá-las. Ele abriu os olhos e, olhando para a janela, falou o que lhe veio à mente.
-É bonito, né?
-Muito
-Parecem bolas de algodão gigantes e flutuantes
-Mas não são nada doces, nada é doce
-Claro que é doce, doce como a vida!
-Vida doce... Isso é paradoxal
-Você 'tá chorando?
-Eu tô
-Sentindo saudades?
-Não...
-Posso saber o que aconteceu?
-É que eu descobri que o céu não existe.
_
Tipicamente nortimaginário.
ResponderExcluir