No período paleolítico as sociedades ainda não tinham uma formação concreta, a hierarquia estava mal definida e não havia ideia de capital. Um belo dia um australopithecus descobriu o fogo ao esfregar duas pedras e, o simples fato de que ele agora teria mais facilidade para mastigar os alimentos marcou o surgimento de uma nova era. Estávamos diante da revolução neolítica e de lá pra cá foi assim, já houve até guerra sem luta, chamada de "guerra ideológica". Que guerra ideológica o quê! O povo tava era com preguiça!
Atualmente, os usuários do twitter estão se mobilizando contra o presidente do senado, José Sarney, apenas com mensagens de, no máximo, 140 caracteres. Eles sempre se mostram dispostos a ir pras ruas, pintar a cara, distribuir panfletos e gritar "FORA SARNEY", mas se limitam a ficar em frente ao computador digitando "#forasarney" entre uma piada e outra de algum CQC. Apresento, assim, os revolucionários de sofá.
A revolução de sofá tem uma dimensão tão grande quanto o movimento dos cara pintadas, os revolucionários estão tão indignados com a política de hoje o quanto estavam seus pais (ou irmãos mais velhos) há 17 anos. E o melhor de tudo: Sem sair de casa e com o direito de verificar se te deixaram algum recado no orkut enquanto luta contra a vergonha que é a política brasileira.
Longe de mim criticar, concordo e talvez até defenda. É bem melhor ficar na segurança e conforto do sofá de casa do que levar cassetada de policial no meio da rua. O efeito vai ser o mesmo, não?
Hoje, nós, os seres humanos contemporâneos, somos mais preguiçosos do que qualquer ser humano de uma época antecedente, fomos intitulados "revolucionários de sofá", aceitamos e achamos graça. Não nos falta boa vontade, muito menos a preguiça, então é melhor nos prepararmos para o futuro, vejo a revolução adiante, e ela será twittada.
ficou foda o texto Rê
ResponderExcluireu até iria até a casa da Mari, pra irmos pra casa do Lucas e dps p/ casa da Laura pra irmos a sua casa parabenizar vc pelo texto...MAS(tô com preguiça) vai por comentario mesmo! ficou mtu bom...
Aaah, eu não curto essa revolução sofádiana, não. Mas também não sou de sair por aí quebrando o pau. É complicado isso. No Brasil é vergonhoso sair na rua e revindicar não ser roubado. É estranho, esse país. Reclama que na Europa as coisas funcionam, mas não vêem as manifestações européias acontecendo o tempo todo e fazendo as coisas acontecerem lá. Talvez no dia que o Brasil, se assumindo então como nação decente, passar a honrar isso, aí sim as coisas vão acontecer. Mas até lá eu prefiro ficar no sofá ouvindo José Simão.
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